
As mães têm muitos medos … alguns nem nos damos conta:
Medo de não sermos boas mães!
Medo de os traumatizar!
Medo de não os conseguir proteger!
Medo de os perder – o pior de todos … só de o escrever já me deixa tensa, com a garganta apertada e as lágrimas nos olhos!
Estupidamente só me vem à cabeça a música da Ágata, mas com uma força visceral que grita: podem-me tirar tudo, membros/orgãos do corpo, bens materiais… mas não os meus filhos!
Curiosamente, este medo também é aquele que me ajuda a encarar os desafios do dia a dia com mais energia e esperança!
Com os meus filhos na minha vida, faço tudo o que for preciso!
Ou, pelo menos, até me “deixar ir” nas tempestades da vida, onde perco o meu rumo, entrego-me a prioridades trocadas e dou por mim a querer levantar a voz, só porque deixaram a roupa espalhada pela sala!
É verdade que eles precisam de aprender a organizar, cuidar, responsabilizar-se pelas suas coisas … mas são crianças, não são adultos!
Estão a aprender a fazê-lo, simplesmente não estão a fazê-lo, como eu precisava … para sentir mais ordem à minha volta!
É naquele instante em que me lembro:
“Eles estão comigo!”, que suspiro, sorrio, os meus ombros descem, assim como sinto a tensão da tempestade que se estava a armar dentro de mim, a desvanecer!
Há uns tempos demorava mais a fazer esta transição, agora é mais rápida!
O quanto agradeço por isso!
Não se trata de ser uma mãe perfeita, mas de conseguir ser uma mãe muito melhor do que seria, se não me tivesse permitido desenvolver e transformar!